quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Jantar do PEV na Moita

O Partido Ecologista "Os Verdes" realizou um jantar-convívio de eleitos, candidatos, amigos e simpatizantes, no dia 4 de Dezembro, no restaurante "Sabores d’África", na Moita. O jantar contou ainda com a presença dos deputados ecologistas à Assembleia da República, Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira.

O menu africano era variado, composto por suculentos pratos de Kalulu, Cachupa, Moamba de Mancarra ou de Denden. As sobremesas também de sabor de África eram o pudim de leite de coco ou de manga, tarte de banana, suspiro de África, gelados com frutos tropicais. Na cozinha, D. Maria Augusta apurou-se para apresentar esta deliciosa ementa, que a todos soube bem.

A par do convívio, as intervenções políticas, dirigidas por Maria Martins, começaram com Jorge Taylor, membro da Junta de Freguesia de Alhos Vedros, que recordou o trabalho realizado na campanha eleitoral, salientando “a importância do PEV contar com todos os candidatos, os eleitos, os amigos e os simpatizantes e o reconhecimento que as populações dão ao trabalho prosseguido pela CDU”. Jorge Taylor deu ainda a conhecer as actividades autárquicas do PEV a levar à prática no concelho da Moita, com acções em defesa da gestão pública da água, de transportes públicos de qualidade, da produção nacional alimentar e de uma sociedade inclusa.

Passagem de simpatizante a militante
Marilú Goto contou como de simpatizante passou a militante do PEV. “Vim para “os Verdes” com a curiosidade de ver o porquê de um partido verde, participei em convenções, tomei conhecimento dos temas em discussão e senti as preocupações do partido. Comecei a participar nas iniciativas de “Os Verdes” e achei que, sim, fazia sentido existir este partido, então, aceitei a ser candidata a uma Assembleia de Freguesia”, explicou. “E vou tentar motivar outras pessoas, sobretudo jovens, para as nossas preocupações ecológicas e sociais”, prometeu.

João Miguel Romba, que participou pela primeira vez na campanha eleitoral para a Assembleia de Freguesia da Moita, teve a oportunidade de “conviver com a diversidade de opiniões políticas”, sentindo-se gratificado por “participar no projecto ecologista do PEV”.

O presidente da Assembleia de Freguesia do Gaio-Rosário, João Daniel Apolónia, falou da sua experiência no órgão autárquico a que preside e aludiu à necessidade da construção de uma novas instalações para a Junta de Freguesia, cujo projecto já existe, a Câmara Municipal apoia, mas falta-lhe ainda o financiamento por parte da administração central.

Rui Lopo, vereador na Câmara Municipal do Barreiro, também presente, deu conta da experiência adquirida e do trabalho autárquico que desenvolve no município barreirense, e destacou a percepção que teve, durante a campanha eleitoral, da “interpretação que a CDU dá àquilo que é tipicamente a vontade da população, com um grande trabalho de auscultação, muito esforço e trabalho de base, de ouvir associações, instituições e munícipes”. Agora, “com maioria absoluta na Câmara a nossa responsabilidade é muito maior naquilo que é a execução e prossecução das nossas políticas”, reconhece. Da sua experiência enquanto vereador disse: “é um privilégio ter o pelouro da gestão urbana e planeamento, nesta fase crucial para o desenvolvimento do Barreiro, e integrar a administração dos transportes colectivos do Barreiro, espero poder dar contributos políticos e de cidadania, enquanto membro de “os Verdes” e participante na CDU”.

A encerrar, a deputada Heloísa Apolónia falou da eleição de dois deputados de “Os Verdes” e do funcionamento do grupo parlamentar do PEV, salientando a característica deste que é a sua ligação aos problemas reais do país, transportando-os para a Assembleia da República com conhecimento de causa. “Neste aspecto é muito importante perceber a diversidade nas nossas regiões e ao mesmo tempo a semelhança de problemas que existem nessa diversidade”, fez notar.
A deputada caracterizou o pluralismo partidário existente na Assembleia da República como a força e a consolidação da nossa democracia, ao contrário da bipolarização que os dois maiores partidos pretendem com as alterações à lei eleitoral, nomeadamente com a introdução dos círculos uninominais, para a eleição do Parlamento. Por outro lado – acrescentou a deputada –, apesar do grupo parlamentar de “Os Verdes” só ter dois deputados a sua acção é muito rica e mais vasta, contando com o trabalho dos diversos colaboradores e dos funcionários que os acompanham no dia-a-dia na Assembleia da República e contam ainda com os activistas e os eleitos de “Os Verdes” levantando problemas locais e solicitando a nossa presença, é isto que explica a riqueza e a intensidade do trabalho do nosso grupo parlamentar.

Situação social e política
Sobre a situação social e política, Heloísa Apolónia alertou para os ‘dias muito difíceis que aí vêm’. “Temos um Governo muito distanciado temporalmente dos problemas, já a crise estava anunciada e o Governo negava-a, chamando-nos alarmistas e ‘profetas da desgraça’, entretanto, a crise estava a enraizar-se e o Governo a dizer que já estávamos a sair da crise e que o pior já tinha passado. “O facto do Governo ser tão irrealista relativamente à realidade concreta do país leva a que não tome as medidas certas e eficazes no momento certo, foi assim com o Orçamento de Estado que já vai no segundo orçamento rectificado, foi assim com o desemprego, e em muitas outras situações”, afirmou.

Reduzidas expectativas para a Conferência de Copenhaga
Em termos ambientais, Heloísa Apolónia referiu-se à Conferência de Copenhaga com reduzidas expectativas – já foram maiores, disse – pois a nova expectativa que Obama veio criar em torno da limitação de gases com efeito de estufa, ficou em causa ao declarar que ‘não haverá possibilidades de gerar um acordo vinculativo em Copenhaga em relação a novas metas para as alterações climáticas’, tentando impor novos valores de referência, ao contrário da União Europeia que, nesta matéria, tem tido um papel importante na luta global contra as alterações climáticas.

Terminados os discursos, o convívio prosseguiu até às tantas e ouviu-se a magnífica voz de José Martins em conhecidas áreas, muito apreciadas pelos presentes.

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