segunda-feira, 21 de março de 2011

NO DIA MUNDIAL DA ÁRVORE E - ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS - “OS VERDES” PREOCUPADOS COM CRESCIMENTO DO EUCALIPTO EM PORTUGAL


No Dia Mundial da Árvore e da Floresta, e quando se comemora o Ano Internacional das Florestas, o Partido Ecologista “Os Verdes” expressa a sua grande preocupação face ao crescimento da área de eucalipto em Portugal.

O abandono da agricultura, a falta de investimento no mundo rural e o nemátodo do pinheiro são factores que, juntamente com a pressão das empresas de celulose, podem vir a contribuir ainda mais para o crescimento do eucalipto em Portugal.

“Os Verdes” consideram inquietante que, de acordo com dados recentes do Inventário Florestal Nacional, o eucalipto, uma espécie exótica, grande consumidora de água e empobrecedora dos solos e da biodiversidade, possa vir a ser a espécie dominante em Portugal, caso o Governo ceda às pressões e pedidos das empresas de celulose, que reivindicam a plantação desta espécie em mais 400mil hectares.

O PEV reafirma a importância de uma floresta portuguesa diversificada e o apoio às espécies autóctones, nomeadamente ao sobreiro e ao castanheiro, espécies estas com grande valor acrescido, tanto do ponto de vista ambiental como económico e que estão hoje em dia muito afectadas por pragas e doenças, o que exigiria estudos e meios de combate às mesmas.

“Os Verdes” adiantam que, em sede parlamentar, questionarão o Governo sobre os pedidos direccionados Direcções Regionais das Florestas e às autarquias, para plantio de eucalipto.

“Os Verdes” estão também preocupados com as ameaças que pairam sobre as espécies autóctones, nomeadamente o montado de sobro, na sequência de um ordenamento do território desastroso onde o montado é sistematicamente preterido em prol de interesses económicos privados que este Governo entende como de interesse nacional (PIN), ou por interesses políticos que levam à localização de obras públicas em locais menos adequados e com grande potencial a nível de montado, como é exemplo da prisão de Lisboa e Vale do Tejo, no concelho de Almeirim, que caso se viesse a concretizar, levaria a arrasar montado de sobro de grande valor ambiental e económico.

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